O dia que o Santos fez um ditador chileno passar vergonha
Após um empate em 0 a 0 em Moscou, Chile e União Soviética teriam que duelar em Santiago, para definir na repescagem quem ficaria com a tão sonhada vaga na Copa do Mundo de 1974, disputada na Alemanha Ocidental.
Todavia, os soviéticos se recusaram a atuar no Estádio Nacional, já que o mesmo havia sido usado como campo de concentração para prisioneiros políticos do regime socialista do presidente Salvador Allende. Vale lembrar que dois meses antes, Augusto Pinochet depois o antigo líder e começou sua era governando o país.
Após vencer por W.O, a federação de futebol chilena quis fazer um jogo festivo para comemorar a conquista, e ofereceu 30 mil dólares ao Santos par realizar a partida festiva.
O Peixe aceitou, e não faltou gente que especulou que o Alvinegro da Vila Belmiro estava apoiando o regime militar no Chile.
Contundido, Pelé não atuou. Desta forma, o técnico Pepe optou por escalar Carlos Alberto Torres no meio-campo, fazendo dupla com Léo. No ataque, escalou quatro atacantes rápidos e com muita habilidade individual: Mazinho, Eusébio, Nenê (depois Claudio Adão) e Edu. No lado dos chilenos, as estrelas do time era Figueroa e Caszly.
Com mais de 25 mil presentes, o Santos deu um verdadeiro show e marcou quatro gols no primeiro tempo (Nenê aos 23 e 31 minutos, Edu aos 28 e Eusébio aos 31). Na segunda etapa, Edu fez o segundo dele e fechou o placar em 5 a 0 para o Santos.
Escalação do Santos e do Chile
Santos: Cejas (Williams); Hermes, Marinho Perez, Vicente e Roberto; Carlos Alberto Torres e Leo Oliveira (Nelsi); Mazinho, Eusébio, Nenê (Cláudio Adão) e Edu.
Chile: Olivares; Machuca, Figueroa, Quintano e Arias; Rodriguez e Valdez (Yavar); Reinoso, Cazsely, Ahumada e Crisosto (Velez).